À primeira vista parece ser o resultado final de um
movimento da extrema-direita que já vinha permeando a vida política do país
desde 2013. É lógico que o fortalecimento da direita nazifascista vem ocorrendo
em vários países do mundo, insuflado pelos Estados Unidos como resultado da
vitória de Donald Trump, com conexão com a direita israelense e de outros
países como a Hungria e Itália.
Já na disputa de 2014 com uma eleição totalmente
judicializada na sua essência, também se verificou um perfil parecido com a do
ano passado, pois ali já vinha prevalecendo a intolerância e o ódio. Essa
judicialização sobre a atuação legítima dos partidos políticos fez com que se
garantisse o caráter individualista e personalista na disputa política, com o
enfraquecimento brutal das nossas organizações partidárias. Não há mais dúvida
de que este trabalho foi feito de forma metódica e planejada para culminar na
destruição do papel das legendas políticas para o preparo da disputa em 2018.
É importante ressaltar na análise do que ocorreu em
2018 que, com a acirrada disputa entre esquerda e direita, ou extrema-direita,
como queiram, constatou-se o desaparecimento do centro no cenário político
brasileiro, o que provocou um sério desequilíbrio entre as forças políticas do
país.
As eleições de 2018 ficarão marcadas na história
política do país, não somente pela disseminação do ódio, do medo e das fake
news nas redes sociais, e pelo uso ostensivo do WhatsApp para o mal e para o
bem, mas também pela fragmentação da votação, além de uma forte abstenção tanto
no primeiro como no segundo turno.
Para se ter ideia, no primeiro turno, de um
universo de 147.306.294 eleitores compareceram para votar 117.363.908
(79,7%) eleitores. As abstenções somaram impressionantes 29.942.386
(20,3%) de eleitores. Os votos válidos somaram 105.050.749 (91,2%),
sendo que os votos brancos foram 3.106.937 e os nulos totalizaram 7.206.222.
O primeiro turno foi disputado por 13 candidatos à Presidência da República, um
número recorde, ou seja, as pessoas tinham várias opções para dar o seu voto e
mesmo assim quase 30 milhões deixaram de comparecer. O candidato da
extrema-direita obteve 46% dos votos e o nosso candidato, Fernando Haddad,
alcançou 29,3%.
No segundo turno, novamente se verificou uma
destacada abstenção quando dos 147.306.294 eleitores um total de 115.933.451
(78,7%) compareceram para votar. Ou seja, mais uma abstenção recorde de 31.372.843
(21,3%) de eleitores. Os votos brancos somaram 2.486.593 (2,1%)
e os nulos 8.608.105 (7,4%). O candidato da extrema-direita venceu o segundo
turno com 57,1% dos votos válidos e Fernando Haddad conquistou 44,9% do
eleitorado em um segundo turno marcado por uma enxurrada de fake news e outros
ataques violentos nas redes à nossa candidatura e à esquerda que se uniu em
torno do seu nome.
Esta fragmentação e a ausência do eleitor na urna
contribuiu decisivamente para formar o perfil das bancadas de deputados, seja
federal como estaduais. Com o sumiço do espectro do centro político, poucos
partidos sobreviveram reduzindo drasticamente as suas bancadas e é bom lembrar
de que vários deles se transformaram em verdadeiros guarda-chuva para acomodar
candidatos das matrizes ideológicas mais diferenciadas, como o MBL que se
acomodou no PSL e no DEM.
O único partido que saiu ileso desse tsunami
eleitoral foi o PT, com a sua bancada íntegra e nitidamente ideológica e
partidária. Para quem quer construir uma democracia republicana ou
parlamentarista precisa ter acima de tudo partidos fortes e bancadas
ideológicas. Aqueles que se escondem à sombra criticando as ideologias são os
que mais as praticam, sobretudo para o lado do mal. A militância do PT quer um
partido forte e as suas bancadas estaduais e federal unidas, orgânicas e
ideológicas.
Não dá para se fazer uma avaliação segura de um
governo de extrema-direita pela primeira vez comandará o Brasil, mas dá para,
infelizmente, imaginar o que vem pela frente.
Para terminar deixo a seguinte frase: As esquerdas
perderam os anéis, mas não perderam os dedos e nem o rumo!
Francisco Rocha da Silva, Rochinha
Olá companheiro Rochinha, sou militante do PT no Estado do Rio de Janeiro e achei muito bom o texto. Mas gostaria de uma luz no nosso caminho.
ResponderExcluirHoje, saiu uma reportagem num dos diversos blogs do "O Globo" sobre a CNB definir que a pauta prioritária do PT será o "Lula Livre". Acho importante, principalmente no momento em que vivemos, não abandonar o companheiro Lula, nem deixar de denunciar a prisão política que o mesmo vem sofrendo.
Mas não acha que pro momento em que estamos vivendo na política nacional, o PT não deva ir além disso? Tornar o grito "Lula Livre" uma palavra de ordem de resistência, oposição e uma proposta alternativa ao governo Bolsonaro? Fazer desse grito uma agenda de oposição?
Talvez o senhor não veja o comentário, mas saiba que sou um grande admirador da sua trajetória política, tanto dentro, quanto fora do partido. A todo instante venho aqui buscar referência em seus textos para a minha militância.
Obrigado e que o PT viva para ver mais 39 anos de luta e mudança para a classe trabalhadora!!
Quero aproveitar esta oportunidade para agradecer ao Dr. Padman. por me ajudar a recuperar meu amante depois que ele me deixou alguns meses atrás. Enviei amigos e meus irmãos para implorar por mim, mas ele recusou que tudo acabasse entre nós dois, mas quando conheci o Dr. Padman. ele me disse para relaxar que tudo vai ficar bem e realmente depois de apenas dois dias eu recuperei meu homem. muito obrigado Dr. Padman. aqui está o e-mail desse grande homem, se você precisar da ajuda dele, pode entrar em contato com padmanlovespell@yahoo.com
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