Em defesa
do Brasil, em defesa do PT, em defesa de Lula
1- Ao iniciarmos o processo de discussão do 6o.
Congresso do Partido dos Trabalhadores, a CNB/PMB manifesta ao coletivo
partidário sua determinação em defender nossa história de lutas, defender nosso
legado de realizações, enfrentar o golpe de 2016 e a ofensiva conservadora, e
avançar na elaboração estratégica para vencer os desafios do próximo período.
2- O PT conquistou grandeza histórica e destacado
protagonismo na luta de emancipação dos trabalhadores e trabalhadoras do nosso
país, tornando-nos referência em toda a América Latina e no mundo. Por tudo
isso, temos a responsabilidade de, junto com os movimentos sociais, analisar o
momento com coragem, vontade política e dedicação militante.
Vamos ao
debate!
3- Concluímos
13 anos de governo fazendo grandes mudanças na realidade social,
econômica, cultural, educacional e tecnológica do país, com o PT à frente desse
processo de mudanças, conquistado através do voto popular em 4 eleições
presidenciais.
4- O
golpe parlamentar-jurídico-midiático, além de ferir profundamente a democracia,
foi dado com o objetivo de implementar o programa derrotado nas eleições de
2014. Interrompeu um ciclo virtuoso de
conquistas que tirou o país do Mapa da Fome, incluiu milhões de famílias nas
relações econômicas e sociais, diminuiu as desigualdades regionais, aprofundou
a democratização do Estado e da sociedade brasileira, recuperou o papel do
estado como indutor do crescimento e da distribuição de rendas.
5- Ciclo
que também colocou o Brasil na mesa das decisões mundiais e nos fóruns
internacionais, mudando a correlação de forças política, diplomática e
econômica no continente, a partir do programa democrático- popular e anti neoliberal,
inspirado pelos ideais de um socialismo democrático.
6- Criamos uma nova agenda de políticas públicas
de caráter emancipatório articulando classe, raça, gênero e questões
identitárias. Essa foi a experiência de milhões de pessoas, que merece ser ampla e profundamente analisada no
processo 6o. Congresso.
7- Milhares
de pessoas têm ido às ruas. Primeiro em defesa da democracia e contra o golpe
que tirou Dilma do governo, agora em defesa das liberdades e dos direitos. Mesmo
com críticas ao nosso governo, diferentes movimentos reconhecem o caminho
aberto por Lula que fez do Brasil um país menos desigual, em direção a um
futuro ainda melhor.
8 - Inspirados
e comprometidos com nosso legado e com a
energia que brotou dessas lutas, movidos pela necessidade de aprofundar o
projeto que iniciamos, devemos repensar nosso caminho, fazer um balanço
sincero, atualizar nosso programa, transformar nossas práticas e revigorar
nosso partido.
9- Ser capaz de formular uma nova estratégia e um
novo programa para o país, à luz do novo cenário mundial, que desperte
novamente a esperança do povo. Ser capaz
de impulsionar os caminhos do crescimento econômico, da distribuição de renda,
da inclusão social, da reforma política, da reforma do Estado, da
democratização das comunicações, da reforma tributária, da reforma agrária, da
reforma urbana, da soberania nacional com integração regional.
10- Trata-se
de, dessa maneira, de fazer frente à política de terra arrasada, de destruição
de conquistas e de entrega da riqueza nacional que serão o legado principal do
governo golpista. A atual crise político-institucional devido à incapacidade e à
ilegitimidade do atual bloco que tomou por golpe o país, assim como o avanço
dos sinais de intolerância, ódio e repulsa à política, só reforçam a importância
do fortalecimento de um partido com a experiência histórica do PT.
11- São
tarefas que exigem uma nova estrutura partidária, novos mecanismos de
participação dos filiados e simpatizantes, novas formas de controle interno,
novo modelo de financiamento, democratização do funcionamento, nova política de
comunicação e novo padrão de relação do partido com os mandatos. Mais
democracia e mais participação para fortalecer o PT como um partido de massas.
12- Propor com ousadia um novo modelo de
funcionamento de nossas instâncias que dê conta do imenso desejo de
participação política demonstrado por todos os movimentos que, país afora, organizam
as mulheres, os negros e negras, os povos indígenas, a população LGBT, os
ativistas das redes sociais, os movimentos ambientais, de moradia, transporte, saúde,
educação, trabalhadores da cidade e do campo, sobretudo pelas juventudes, que
lutam por defender e aperfeiçoar o PT.
13- Nos
colocamos de forma aberta, firme e vigorosa esse imprescindível desafio para
que, como um partido de massas, ao lado dos movimentos sociais, estejamos à
altura de defender as conquistas e os direitos da maioria de nosso povo e
retomar um programa voltado à realização da justiça social e do fortalecimento
da democracia.
14- O 6o. Congresso do PT deve ser um momento especial
de aprofundamento desse debate estratégico. Para além de nossas divergências
internas, trata-se de fortalecer, a partir da mais ampla unidade partidária, a
unidade das esquerdas e das forças populares visando ampliar a oposição ao
programa neoliberal do Golpismo, em defesa dos direitos dos trabalhadores e do projeto
democrático-popular. Avançar na elaboração estratégica com o objetivo de construção de uma nação
justa e soberana, movida pelos princípios e valores de um socialismo
democrático nos planos econômico, ambiental, social, cultural e político, envolvendo
a participação da sociedade, especialmente dos trabalhadores e setores
populares.
6o. Congresso: um
congresso para renovar esperanças e atualizar estratégias!
São Paulo, dezembro de 2016
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