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Folha de
S. Paulo - 22/12/2015
Bernardo
Mello Franco :: O mensalão tucano
BRASÍLIA
- A Justiça de Minas Gerais condenou o ex-governador Eduardo Azeredo a 20 anos
e 10 meses de prisão. De acordo com a sentença da juíza Melissa Pinheiro Costa
Lage, o tucano desviou dinheiro público para financiar sua campanha frustrada à
reeleição, em 1998.
O esquema
envolveu três estatais mineiras, que fecharam contratos de fachada para
repassar verba de publicidade a políticos. Em valores atualizados, o rombo foi
de R$ 10 milhões. O caso ficou conhecido como mensalão tucano porque serviu
como laboratório para o mensalão do PT. Os dois escândalos tiveram o mesmo
operador: o publicitário Marcos Valério, da SMP&B.
Azeredo
não é um tucano qualquer. Chegou a ser presidente nacional do PSDB, cargo hoje
ocupado pelo senador Aécio Neves. Estava no Senado quando a Procuradoria-Geral
de República o denunciou ao Supremo Tribunal Federal, em 2007. Dois anos depois,
a corte decidiu transformá-lo em réu.
O
mensalão mineiro virou um símbolo da morosidade judicial. O caso se arrastou no
STF até 2014, quando Azeredo renunciou ao mandato de deputado para escapar da
punição. Sob protestos do então ministro Joaquim Barbosa, que acusou o tucano
de "debochar" da Justiça, o processo voltou à primeira instância.
Na semana
passada, Azeredo foi finalmente condenado por peculato e lavagem de dinheiro,
mais de 17 anos depois dos desvios. Graças à manobra para fugir do STF, ele poderá
recorrer em liberdade até que o caso volte a ser analisado pela corte.
Desde que
perdeu a eleição presidencial para o PT, o senador Aécio repete que não foi
derrotado por um partido, e sim "por uma organização criminosa".
Apesar do prontuário de alguns petistas influentes, talvez seja a hora de virar
o disco. Na sentença do mensalão tucano, a juíza Costa Lage afirma que seu
aliado Azeredo também integrou "uma organização criminosa complexa",
montada para assaltar os cofres mineiros.
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