O economista Armínio Fraga, cotado para ser ministro da
Fazenda num eventual governo Aécio Neves, defendeu propostas liberais que serão
aplicadas logo no início do mandato.
Armínio Fraga disse que “o custo de tomar as medidas
porventura impopulares é muito menor do que o de não tomar”.
Como era de se esperar, as medidas somente pensam o mundo
para a classe mais rica do país, direcionando o ônus somente para a classe
média e pobre, o que faz resgatar a sociedade liberal do início do século XIX.
As declarações de Fraga vieram com dois recados bem claros:
a) o gasto público está elevado (o que inclui gasto com
funcionários públicos);
b) o salário mínimo cresceu demais nos últimos anos.
Ora, o funcionalismo público não é o vilão do Brasil.
O engraçado disso tudo, é que não foi anunciado
absolutamente nenhum ônus direcionado à classe mais rica, como por exemplo,
cobrar impostos dos mais ricos em índices similares aos grandes países do
mundo, já que o Brasil taxa muito pouco os ricos.
E as arbitrariedades que os banqueiros fazem com a
população?
Além disso, discutir redução de ministérios e arrochar o
salário do funcionalismo público são medidas muito simplistas e insignificantes
diante da grandiosidade dos problemas econômicos do Brasil, que envolvem juros,
arrecadação de impostos, taxação justa dos mais ricos, aumento de exportações,
quebra de monopólios capitalistas, incentivo à agricultura de médio e pequeno
porte etc.
Dizer que o salário mínimo está alto, com todo respeito, é
um dos maiores equívocos que já li nos últimos anos.
Justificar arrocho salarial em cima da população pobre, sob
a justificativa de crescimento e liberdade de empresa, não tem fundamento
ético, político e econômico algum, principalmente, num país em que o salário
mínimo não consegue pagar uma alimentação adequada para uma família.
Assim, entendo que é possível o Brasil continuar crescendo
sem adotar medidas que detonem a classe média e pobre.
Sinceramente, espero que o candidato Aécio Neves não siga
essa linha, que já levou inúmeros países à ruína ao longo da história, e
declare, em campanha, que jamais irá praticar esse tipo de política econômica.
“Essa é só uma das escandalosas propostas do candidato do
PSDB, começando pelo mundo do trabalho, que inclui emprego e salário.”
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