No próximo dia 10 de novembro, os petistas
serão chamados para eleger suas direções. Este é um dos momentos mais
importantes na vida interna do Partido.
A criação do PED (Processo de Eleições
Diretas) foi uma das iniciativas político-partidária mais importante na
história dos partidos políticos no Brasil e talvez no mundo.
Este processo iniciado em 2001 fez com que a
vida orgânica do Partido tomasse outra dimensão, oxigenando e trazendo à tona,
disputas entre os candidatos em todos os níveis debatendo-se organização,
ideologia, política de alianças interna e externas e concepção partidária.
Alguns candidatos das correntes minoritárias
do PT que disputam a presidência nacional do partido vêem criticando o governo
Dilma Rousseff por ter utilizado tropas do Exército e da Força Nacional, para
fazer a segurança do leilão do campo de Libra do pré-sal, no Rio de Janeiro. Será
que os companheiros não queriam a presença da segurança, evitando um desastre
ou vitimas durante o leilão? Não se trata de defender a presença das forças
armadas, mas sim de garantir o sucesso do leilão.
Os cinco concorrentes ao comando petista
participaram de debate em
São Paulo, quatro dias após um encontro acalorado realizado em Brasília. Na ocasião,
diante de uma platéia exaltada, o presidente do partido, Rui Falcão, disse que
parecia que a sigla fazia oposição ao governo.
No último debate em São Paulo, com pouca
presença de militantes, a maior fonte de críticas à Dilma foi sobre o leilão de
Libra. Ao defender a aproximação do PT com movimentos sociais, os candidatos
Serge Goulart, Renato Simões, Markus Sokol e Valter Pomar atacaram o envio de
tropas federais ao Rio de Janeiro durante o leilão.
Em relação à postura dos quatros candidatos em
todos os debates, a minha maior surpresa é de que todos perderam um momento
primordial para que nós discutíssemos questões que são de importância para o
crescimento da consciência política dos filiados (as) e militantes. Perdemos espaços
para discutir as questões internas do partido, especialmente na sua fase de
transição, aonde teremos novidades importantes na sua composição como a questão
da paridade de gênero, a participação de 20% de jovens nas instâncias de
representação e a participação das etnias, entre outras o processo de
modernização do partido no que toca as questões organizativas, como o avanço na
formação política, a interação profissional e individual na comunicação e nas
redes sociais e o avanço no novo conceito de gestão de administração, seja ela
no campo da gestão executiva, do legislativo e dos cargos dirigentes
partidários.
Infelizmente em minha opinião não foi isto o
que aconteceu durante os debates. As discussões foram pontuais e sem conteúdo
político.
No que tange ao PT e ao governo devemos ter o
orgulho de depois de anos de luta enfrentando a elite e os setores
conservadores da mídia, termos chegado ao poder no Brasil. Foram 10 anos de
muito trabalho, mas o PT e o governo com seu programa democrático e popular
apoiado por uma base parlamentar, por diversos setores sindical e social
conseguiram grandes avanços, no campo da educação, na área da saúde, centenas
de milhares de empregos gerados com carteira assinada, melhoria salarial dos
trabalhadores e melhoria de renda do povo brasileiro. Conseguimos também elevar
um grande contingente de brasileiros que estavam na extrema pobreza, à condição
de cidadão através do programa Bolsa Família e programas de qualificação. É
disto e de outros avanços implantado pelo Brasil a fora que os petistas têm a
obrigação de sentir orgulho do partido e dos governos Lula e Dilma.
Teríamos muitos assuntos positivos para ser
mencionado, sobretudo para se contrapor a aqueles que torcem pelo quanto pior,
melhor. Mas oportunamente este momento virá.
Por fim, desejo sucesso a todos os (as) nossos
(as) candidatos (as) a presidentes estaduais e conclamo a todos os filiados (as)
do PT aptos a votarem no PED (Processo de Eleição Direta) no próximo domingo,
dia 10 de novembro, que cerrem fileiras votando em Rui Falcão, para
presidente nacional com o numero 180 e na chapa nacional, O Partido que Muda o
Brasil, com numero 280.
Um fraterno abraço
Rochinha
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