A atual conjuntura política exige do PT, através da
articulação dos seus dirigentes, militantes e simpatizantes, uma intensa
mobilização nacional em torno de dois temas que na minha opinião reforçam a
consolidação do sistema político brasileiro.
Numa análise fria chega-se à conclusão de que o Brasil
precisa de partidos políticos em número e em ideologias que tenham um corte
real no sistema político vigente.
Tenho reiterado em artigos anteriores a opinião de que o espectro
político nacional para ser adequado ao corte ideológico deveria ter em torno de
cinco ou, no máximo, seis agremiações políticas nacionais.
Insisto na tese de que deveríamos ter um partido de
esquerda, um da ultra-esquerda, um da centro-esquerda, um da direita, um da
centro-direita e, lógico, um mais
liberal.
Com certeza, a consolidação dessas legendas sedimentaria os
pilares de uma verdadeira democracia político-partidária no País.
Entro nesse debate para dizer que o Partido dos
Trabalhadores tem uma grande responsabilidade na contribuição política parasse
alcançar este objetivo. O PT no momento discute com seus filiados o projeto de
renovação das suas direções com a realização do Processo de Eleição Direto, o
PED 2013. Ao mesmo tempo sai a campo para coletar assinaturas da população
brasileira para, em conjunto com outras forças políticas e com os movimentos
sociais, apresentar um projeto de iniciativa popular pela implementação da
Reforma Política.
É obrigação de todos nós, filiados ao Partido, não medir
esforços para colher o máximo do limite das assinaturas necessárias para a
apresentação da proposta e mobilizar a sociedade para, através de pressão
popular, aprova-la no Congresso Nacional.
Além da proposta de uma reforma política, um Partido que tem
hoje em torno de um milhão e setecentos mil filiados tem todas as condições de
realizar, juntamente com outras forças políticas e sociais, mobilizações
nacionais em defesa dos interesses da sociedade. Entre estas frentes de ação estão a
legalização das terras indígenas, o reconhecimento das terras quilombolas, a ampliação
e a consolidação do direito das minorias, assegurar as liberdades democráticas,
evitar a consolidação da judicialização da política, trazer os jovens para a participação
na vida política e garantir a consolidação do projeto democrático evitando o
fortalecimento das forças conservadoras no País.
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