Talvez, a grande maioria dos filiados do PT não saiba, mas
eu e o Plínio de Arruda militamos e trabalhamos juntos na formação da estrutura
e da política do PT nos anos 1980 e 1990. Não vou aqui remoer o passado, entretanto
não posso deixar de lembrar que sua passagem pela direção do PT o levou até a
indicação de candidato a governador do Estado de São Paulo nas eleições de 1990.
Período difícil para um partido de esquerda que estava na sua fase de formação,
mas, já naquela época, a militância do PT de São Paulo com poucos recursos de
estrutura e de quadros, se mobilizou diuturnamente e numa disputa extremamente
acirrada o candidato Plínio de Arruda Sampaio, que disputava as eleições com Paulo
Maluf, Antonio Fleury Filho e Mario Covas, recebeu 1.636.058 votos dos
paulistas.
Dados comparativos: 16 anos depois da eleição para
governador de São Paulo pelo PT, concorrendo ao mesmo cargo de governador de
São Paulo pelo PSOL em 2006, Plínio obteve 532.470 votos; e 20 anos depois,
entre 1990 e 2010, na disputa para presidência da República pelo PSOL, o
candidato obteve do povo brasileiro 886.816 votos. Preste atenção, isto é um pouco mais da
metade dos votos que ele teve nas eleições de 1990 para o governo do estado de
São Paulo pelo PT.
Talvez
alguns leitores achem que eu estou perdendo tempo e outros que eu estou ficando
louco, mas a história também se faz relembrando a memória. Ao longo desse
período, como é comum em se tratando de uma figura legendária como Plínio, em
vários momentos seu nome é citado em conversas políticas, inclusive entre eu e
o próprio Lula. Nunca ouvi do ex-presidente Lula uma só palavra de grosseria ao
atual comunista-esquerdista Plínio de Arruda Sampaio. Deduzo, respeitosamente,
que esta rixa dele em relação aos petistas e ao Lula, de duas uma: ou é mágoa
sem procedência ou uma ponta de inveja, que não mata, mas maltrata, algo comum
no ser humano. Lamentável que esta dor de cotovelo chegue aos limites do absurdo.
É UMA
PENA CUSPIR NO PRATO QUE COMEU!
Só
para lembrar, estamos por unanimidade tomando a decisão de apoiar o candidato do
PSOL à prefeitura de Belém, Edmilson Rodrigues, na disputa do segundo turno por
uma questão de coerência política. Diga-se de passagem, Edmilson também foi do
PT.
O curso
da história dirá quem vai estar com a razão.
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