Faltando 18 dias para o primeiro turno das
eleições municipais, os remanescentes da velha UDN sem povo,
ancorados pelas vestais de uma mídia criminosa e antidemocrática,
apostam todas as suas fichas na judicialização do processo político
e nos ataques ao projeto popular do PT, semeando por todo lado
mentira, a calúnia e a desfaçatez.
Os muitos resultados positivos do governo petista
– primeiro com Lula, agora com Dilma – aparecem na chamada grande
imprensa sempre acompanhados de ressalvas (“mas”, “porém”,
“contudo”), com o claro objetivo de diminuir ou mesmo negar os
avanços do país nos últimos 10 anos.
No momento em que se vislumbra o crescimento da
economia no segundo semestre, a mídia prefere enfatizar a queda em
relação ao mesmo período do ano passado. Quando se projeta o
crescimento do PIB, as aves de agouro falavam em “pressão
inflacionária”. Quando o assunto é crescimento da renda, do
crédito e do consumo, a turma do contra torce pela inadimplência. O
crescimento constante da oferta de emprego com carteira assinada é
visto como “estagnação do crescimento do emprego”.
É um trabalho voltado exclusivamente para
aterrorizar a população, desacreditar o governo e prejudicar o PT.
Estimulam a discórdia, alimentam fofocas,
inventam crises. Durante o governo Lula, passaram oito anos
difundindo a tese absurda de que o presidente e o PT não se
entendiam. Agora tentam criar um ambiente de cizânia entre Lula e a
presidenta Dilma, como se ambos não fizessem parte do mesmo projeto
e do mesmo partido, como se as diferenças de estilo, na gestão,
fossem suficientes para fazer deles adversários na política.
Para essa gente, nada pode dar certo.
Nada deve dar certo.
Medidas de extrema importância, como os
investimentos de R$ 70 bilhões em estradas e rodovias e a redução
nas contas de luz da população e das empresas, irão esbarrar na
“burocracia” e na “ineficiência” do Estado, dizem eles,
esquecendo-se, claro, que recebemos deles – de seus representantes
– um estado falido, corrupto e mal administrado.
Nada falam sobre os grandes escândalos de um
passado recente, como a compra de votos para a reeleição de FHC.
Esquecem que são responsáveis pelo caos dos portos e aeroportos.
Esquecem dos escândalos das malditas privatizações, em que
espoliaram o patrimônio do povo brasileiro. Nada falam sobre
subserviente dependência do Brasil ao jugo do Fundo Monetário
Internacional e do Banco Mundial. Esquecem de falar sobre o
lastimável apagão elétrico. Fogem da discussão sobre a
recuperação do poder de compra dos trabalhadores no governo do PT.
Ignoram o resgate de 40 milhões de brasileiros da miséria, já que
sempre apostaram nas desigualdades regionais como forma de manter o
“apartheid brasileiro” entre o Sudeste e o Nordeste.
Agora, quando o cidadão brasileiro se prepara
mais uma vez para fazer suas opções democráticas, essa mídia sem
votos manipula escandalosamente o noticiário, esconde as campanhas
do PT, omite informações, distorce os fatos e tenta, de todas as
maneiras, ganhar as eleições na marra. A judicialização da
política é apenas o mais recente lance desse jogo sujo.
Mas atenção: só vale chamar a Justiça para
intervir no processo se for contra o PT. Qualquer absolvição de um
petista, do mais simples ao mais graduado, mesmo que por varias
instâncias e muitas vezes até por unanimidade, o resultado é visto
sempre como “favorecimento”, “armação”, “manobra”.
Basta ver a pressão que fizeram e fazem contra os ministros do STF
Ricardo Lewandowsk e Dias Tóffoli, tidos como “amigos” do PT.
E aqui entramos num ponto crucial, aquele que a
Justiça chama de “Ação Penal 470”, que as vestais chamam de
“mensalão” e que eu chamo de TENTATIVA DE GOLPE POLÍTICO.
Neste capítulo, é sintomático que a mais alta
corte do país tenha acatado uma ação, talvez pela primeira vez na
história, sem dar aos réus, especialmente aqueles que não têm
fórum privilegiado, o direito de ampla defesa em outras instâncias
da Justiça, conforme garante a Constituição brasileira.
É bom lembrar que, no caso do chamado “mensalão
mineiro”, o STF acatou a denúncia apenas contra o senador Eduardo
Azeredo, ex-presidente do PSDB nacional. Os demais citados foram
remetidos para a justiça de Minas Gerais. E existe o caso mais
recente do ex-senador Demóstenes Torres (do ex-PFL), cujo processo,
pelo fato de ele ter sido cassado, saiu do STF e foi para a justiça
goiana.
Mais: na análise do Supremo sobre a AP 470, não
se faz a menor distinção sobre as responsabilidades, as
co-responsabilidades ou a não-responsabilidade dos réus. Explico:
como o julgamento está sendo político, todos estão sendo imputados
criminalmente sem levar em consideração os diferentes contextos.
Mais ainda: nunca vi ou presenciei na história
desse país um julgamento em que, à falta de provas técnicas, as
interpretações de caráter estritamente político tenham sido
suficientes para condenar alguém judicialmente.
Os que agora clamam por sangue, os que defendem a
condenação a qualquer preço, os que apóiam e estimulam o
linchamento público, parecem se esquecer de que os procedimentos
adotados pelo STF no julgamento do “mensalão” servirão de
parâmetro para todas as demais instâncias da justiça brasileira. O
que está em jogo não é apenas a cabeça dos 38 réus da Ação
Penal 470. O que está em jogo são os direitos civis de cada um dos
cidadãos deste país, arduamente conquistados pelas lutas de muitas
e muitas gerações.
Para a mídia golpista, sem povo e sem voto, nada
disso importa. Tudo o que eles querem é manchar a história o PT e
principalmente a figura do ex-ministro de José Dirceu, por tudo o
que ele representou e representa nas conquistas recentes da esquerda
brasileira.
Petistas e não petistas, fiquemos em alerta. O
ódio caminha junto com a sede de vingança política. Mas não
passarão. Como gosta de dizer o ex-presidente Lula, temos as costas
calejadas. Já enfrentamos e vencemos batalhas muito piores. Já
enfrentamos e derrubamos uma ditadura. Não deixaremos que outra se
instale.
Digo e repito: O PARTIDO DOS TRABALHADORES NÃO
ACEITA CANGA. NÃO SE INTIMIDA NEM ANTES NEM DEPOIS DO PRIMEIRO
GRITO.
O PT está enraizado em todos os recantos deste
país. Dos grandes centros às áreas rurais e vilarejos, sempre
haverá um petista para erguer a bandeira vermelha do partido.
Estamos do lado do povo e temos o povo ao nosso lado.
À luta, companheiros!
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