A campanha eleitoral entrou ontem
numa segunda fase, em que candidatos e candidatas têm mais condições de se
apresentar aos eleitores e de mostrar suas propostas. O horário político no
rádio e na televisão é uma poderosa arma da democracia. Sem ele, todos ficariam
reféns das versões e dos interesses que monopolizam os meios de comunicação no
Brasil – e não é segredo pra ninguém que o chamado PIG é useiro e vezeiro em
tentativas de manipular a opinião pública para favorecer determinado projeto
político, principalmente em época de eleição.
A partir de agora, portanto, o
debate político se massifica, os candidatos e candidatas falam diretamente com
o eleitor e o jogo começa a ficar mais claro.
Mas é um grave erro imaginar que
basta aparecer na TV ou falar no rádio para ganhar eleição. Sem uma ação
concreta nas ruas, o palanque eletrônico acaba valendo pouco.
Por isso, quero lembrar aos
candidatos e às candidatas do PT que essa é a hora de intensificar nossa
presença em todos os espaços públicos, promovendo bandeiraços e adesivaços,
visitando comunidades, conversando olho no olho, levando no peito a estrela
vermelha e nas mãos nosso histórico de conquistas em favor da maioria do povo
brasileiro – que não são poucas.
É hora do debate político e
ideológico. Com oito anos de governo Lula e dois de governo Dilma, o PT tem
muito a mostrar ao país. Tiramos milhões de pessoas da miséria, devolvemos a
cidadania a setores historicamente marginalizados, valorizamos o salário
mínimo, promovemos o crescimento com distribuição de renda, reduzimos o
desemprego a índices baixíssimos e estamos investindo na qualificação do
trabalhador, ao mesmo tempo em que garantimos seus direitos com o aumento
progressivo das contratações com carteira assinada.
Com o PT, a educação deu grandes
saltos no ensino superior e começa a mostrar resultados também no ensino
básico, conforme os resultados do último Ideb. Na saúde, avançamos muito nas
áreas de prevenção e do atendimento de urgência. Na infra-estrutura, há dezenas
de grandes obras em
execução Brasil adentro. Projetos como o Minha Casa Minha
Vida, o Luz Para Todos, saneamento básico e o PAC, entre muitos outros, estão
mudando a cara do país.
Certamente ainda há um longo caminho
a percorrer. E muito do que os governos Lula e Dilma promoveram em nível
nacional ainda carece de contrapartida no âmbito dos municípios. Daí a
importância de levarmos essa mensagem ao eleitor, de mostrarmos o quanto é
fundamental, nestas eleições, a escolha de candidatos que estejam alinhados ao
projeto maior de transformação do país. Se nós, do PT, não nos apropriarmos
desse patrimônio, desse legado, não tenho dúvida de que outros o farão –
inclusive aqueles que passaram esses anos todos nos criticando.
Quero destacar, aqui, o papel
ativo da militância nessa batalha. A militância petista está mais do que nunca
pronta para entrar em campo na defesa do partido, de nosso projeto e de nossos
candidatos. Mas é preciso valorizá-la, chamá-la para a campanha.
Peco os candidatos e as
candidatas para valorizar o papel do filiado militante ao invés de se utilizar
exclusivamente da rotina tradicional das disputas eleitorais aonde se utilizam
ou arregimentam pessoas que pouco conhecem da política e muito menos da
historia do PT, sobretudo na disputa desenfreada para montar seu exercito de
boca de urna, criando uma profunda disparidade entre a estrutura partidária e
as velhas estruturas tradicionais.
Por fim, não custa mais uma vez
lembrar que todo o cuidado com as cascas de banana é pouco. Com certeza haverá
muitas delas no caminho. Temos de estar preparados para a mentira, a
provocação, o insulto e as calúnias. E não devemos deixar nada disso sem
resposta, na política e na justiça. As candidaturas que não tiveram condições
de enfrentar inimigos desleais nas suas bases de atuação podem e devem pedir o
auxílio do Diretório Nacional. O PT tem história e exige respeito. É com esse
espírito que conseguiremos grandes vitorias nas eleições de outubro.
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