Com todo respeito ao resultado das pesquisas feitas por
institutos renomados e credenciados, eleição se ganha depois de contado o último
voto. Por outro lado, compreendo a importância dos levantamentos feitos por
esses institutos para análise, avaliação e parâmetros na condução e no rumo das
campanhas eleitorais.
Nesta recente rodada de pesquisas de intenção de voto, há amostras
da repercussão inicial da veiculação de uma semana dos programas ou guias
eleitorais no rádio e na televisão. É o começo da avaliação de mais uma
ferramenta de comunicação em que se apresentam os partidos, seus candidatos a
prefeitos e vereadores, suas propostas e seus programas de governo.
Esses programas ou guias, eu considero ferramentas de
extrema importância para que um percentual razoável da população conheça, mais
a fundo, os candidatos que postulam governar no executivo e no legislativo os
destinos da população e dos municípios. Ao eleitor caberá acompanhar de perto os
programas e as propostas dos candidatos e, desse modo, fazer uma opção correta de
escolha através do seu voto.
A responsabilidade pelo acerto ou pelo erro na escolha de um
bom ou de um mau gestor cabe mais ao eleitor do que ao pretendente político, haja
vista que prefeitos e vereadores não alcançam esses postos vindos do além.
Chegam a esses cargos porque são sufragados pela consciência, pelo
conhecimento, pela opção e voto do eleitor.
É bom lembrar que, em várias eleições passadas, houve
candidatos que, no início da campanha, pontuaram traço nas pesquisas e, no
final, foram vitoriosos; há outros casos em que candidatos começaram no topo e
terminaram traço. Há ainda institutos de pesquisas que erraram grosseiramente em
seus levantamentos de último dia de campanha sobre vencedores e vencidos.
No quadro atual, as campanhas perderam em boa parte o
impacto de visibilidade e de interação entre militância e eleitores. Em alguns
casos, por conta do descrédito da população ou do eleitor em relação à política;
em outros casos, porque existem siglas partidárias sem militância e sem
interação, o que é extremamente grave para a democracia e exige de todos nós e
dos poderes constituídos - câmara e senado federal - a urgente realização de
uma profunda reforma política e eleitoral.
Sou otimista e espero que, no andar da carruagem, voltemos a
ter campanhas políticas de massas, a ter participação efetiva da militância e
da população para a escolha dos nossos representantes em todos os níveis.
Aguardemos os próximos passos.
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