A política permanente de valorização do salário mínimo,
instituída ainda no primeiro governo Lula, é uma das principais conquistas do
povo brasileiro nos últimos anos.
Nunca é demais lembrar que, antes de o PT chegar ao governo
federal, a classe trabalhadora lutava para que o mínimo valesse pelo menos 100
dólares. E a direita, então poder, hoje na oposição, argumentava que
estabelecer esse valor como referência traria de volta a inflação e quebraria a
Previdência. Os 100 dólares poderiam ser atingidos, sim, diziam eles, mas por
obra do mercado, não por decreto ou ação governamental.
Com FHC e os tucanos, o mínimo esteve abaixo dos 100 dólares
em cinco de seus oito anos de governo. Em 2002, quando foram apeados do poder
pelo provo brasileiro, o mínimo valia apenas 64 dólares.
O governo Lula provou que, também nesse quesito, a visão de
mundo dos neoliberais estava completamente equivocada. Com a política de
valorização, negociada com todas as centrais sindicais, o mínimo ultrapassou os
100 dólares já em 2005 e continuou subindo. Os atuais 662 reais, em vigor desde
1º de janeiro, equivalem a 348 dólares.
Alguns argumentam que a comparação não é válida porque hoje
o real estaria “sobrevalorizado” em relação ao dólar. Não é bem assim. Em 1998/99,
por exemplo, a sobrevalorização era bem maior. E, no entanto, o mínimo equivalia
a apenas 95 dólares.
Isso em falar de outros indicadores extremamente positivos
nesse período de nove anos de governos Lula e Dilma, como o aumento real do poder
de compra dos trabalhadores e a relação do mínimo com o preço da cesta básica.
Para informações mais detalhadas sobre o assunto, confira
aqui a Nota Técnica emitida pelo Dieese no final do ano passado.