Para além desse amadurecimento na questão dos majoritários, o PT deu um passo muito importante ao perceber a necessidade de fortalecer a aliança com a base também nas candidaturas proporcionais.
Em outras campanhas, a maior dificuldade das discussões para fechar apoios se dava especialmente na hora de compor o chamado “chapão” dos deputados federais e estaduais.
As composições que se fizeram agora são, portanto, um avanço – para o PT, para democracia e para a continuidade de nosso projeto de país. Mas elas podem levar a uma situação em que, em alguns Estados , o desempenho do partido fique aquém do que poderia caso caminhássemos sozinhos.
Daí a importância de a gente fazer, nesse ano, um chamamento muito forte para o voto na legenda.
Em 2006, o voto de legenda rendeu ao PT em torno de 2,2 milhões de votos para federal e 2,5 milhões para estaduais. Estou convencido de que, se trabalharmos bem essa questão, a gente pode ter uma grande surpresa agora.
Meu prognóstico é que poderemos dobrar os números obtidos em 2006, fazendo algo entre 4 e 5 milhões de votos nos dois casos. Não é só um chute. O PT está bem posicionado diante da opinião pública – segundo dizem as pesquisas – e tem todas as condições atingir esse patamar.
Não que nossos candidatos tenham de abrir mão de suas próprias campanhas, até porque neste ano temos na disputa excelentes puxadores de voto e em vários Estados – por exemplo, Rio de Janeiro e Pernambuco.
Quem deve chamar o voto na legenda são as direções estaduais do partido. Os diretórios tem capacidade para isso e precisam investir nisso. Assim, além de compensarmos eventuais perdas causadas pelo leque de coligações, ainda poderemos aumentar consideravelmente nossas bancadas.
E isso – todos sabemos – é imprescindível para garantir a sustentação dos governos que venhamos a eleger.