A nona fase da Operação Lava Jato deflagrada ontem pela Polícia Federal que cumpriu várias ações determinadas pela Justiça mostra cada vez mais que tem algo orquestrado para tentar criminalizar de qualquer forma o Partido dos Trabalhadores.
Conversei ontem com alguns advogados sobre o conjunto da
operação. Para a minha surpresa, na visão dos juristas, o mandato de condução
coercitiva para ser legal precisa seguir trâmites, inclusive de aviso judicial,
o que parece que não foi o que ocorreu com o tesoureiro do PT.
Outra surpresa é que dos sessenta e poucos mandatos expedidos
pela justiça para serem executados pela PF, por que razão foi vazada somente a
ação em relação ao Vaccari? Cadê a divulgação de nomes de pessoas físicas e
jurídicas das demais ações executadas no dia de ontem?
Espero que o Supremo Tribunal Federal ao analisar o conjunto
da Operação Lava Jato consiga separar o joio do trigo. Por que os tesoureiros
dos demais partidos que receberam doações das mesmas empresas citadas na
operação não foram até agora convocados para depor?
Se o PT reafirma que as doações tiveram caráter legal espero
que as doações dadas aos demais candidatos e partidos estejam na mesma
situação. Outra surpresa, mais uma vez em relação à velha mídia, é a tentativa
de esconder declarações de delatores ou informantes na seleção dos vazamentos
para divulgação. O delator Pedro Barusco deixou claro que as malfeitorias, pelo
menos as cometidas por ele, vem desde os anos 90 no recebimento de propinas,
quando o Partido dos Trabalhadores sequer estava no governo. Hoje, ou até agora,
não vi nenhuma notícia escrita, falada ou televisiva, e nem de colunistas,
sobre o que disse o Barusco, com exceção do que ele falou sobre o PT.
Mas, aguardo pacientemente o peso da balança da justiça, que
está sob a batuta do Procurador-Geral da República e do Supremo Tribunal
Federal.
Nenhum comentário:
Postar um comentário